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Matérias para Rádio

     Em Novembro de 2013 comecei um estágio na Agência do Rádio Brasileiro, em Brasília, uma agência de notícias para rádio com alcance nacional. Comecei fazendo o follow-up das matérias que eram produzidas, repassando estas para as rádios parceiras, verificando a aprovação das noticias, contatando novas rádios para ampliar o alcance da agência e atualizando o mailing.

     Logo comecei a fazer a previsão do tempo e após um curto período passei para a redação como repórter e locutora, fazendo entrevistas, escrevendo matérias e narrando noticias.

Abaixo estão alguns dos conteúdos que produzi durante o período.

AGÊNCIA DO RÁDIO BRASILEIRO
CERTIDÃO DE NASCIMENTO: Governo Federal lança cartilha sobre o Registro Civil de Nascimento de Povos 06/05/2014 

Tempo áudio -  3min1seg

 

LOC/REPÓRTER: Em uma tentativa de acabar com o sub-registro, como é a chamada a situação de crianças não registradas no ano em que nasceram ou nos três primeiros meses do ano seguinte, o Governo Federal lançou no final do mês de abril uma cartilha sobre o Registro Civil de Nascimento de Povos Indígenas. Segundo dados da Estatística de Registro Civil de 2012 do IBGE, existem aproximadamente 600 mil crianças nessa situação e mais da metade delas são indígenas. O coordenador de comunicação da Associação Hutukara Yanomami de Roraima, Morsaniel Yanomami, ressalta que além do problema da distância entre o cartório e a moradia de alguns indígenas, existe o problema da questão cultural. De acordo com o IBGE, o Brasil tem atualmente 305 etnias indígenas e algumas delas, como os Yanomami, têm o costume de só dar nome a criança a partir dos quatro anos de idade.

 

TEC/SONORA: Coordenador de Comunicação – Morsaniel Yanomami

"Por que nós, costume de Yanomami, não colocamos nome cedo, assim como um ano seis meses, a gente coloca acima de cinco anos, quatro anos. A filha minha não sei se vou registrar. Aqui na cidade, eles precisam de documento dos índios, por isso alguns Yanomami estão registrando, só que a maioria não está registrando. Eu estou registrando a minha mulher, esposa, porque ela vai trabalhar como pesquisadora Yanomami para pesquisar o costume de Yanomami."

 

LOC/REPÓRTER: Para a Ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, o Registro Civil de Nascimento, que é gratuito, é importante porque garante o acesso a benefícios de que todo cidadão brasileiro tem direito, desde obter a carteira de identidade a abrir uma conta em banco ou se inscrever em programas de reforma agrária.

 

TEC/SONORA: Ministra dos Direitos Humanos – Ideli Salvatti

"Nós temos, ao longo dos últimos anos, trabalhado muito para erradicar a falta do registro de nascimento das crianças, a famosa certidão de nascimento, sem a qual ninguém é reconhecido para nada. Ou seja, as pessoas que não têm a certidão de nascimento, elas não podem acessar a nenhum benefício, nada. Ela tem a matrícula na escola, mas, entende, depois a emissão do diploma, entende, fica tudo prejudicado. E por isso que é tão importante a gente erradicar"

 

LOC/REPÓRTER: Dados do Censo de 2010 do IBGE mostram que apenas 67,8 por cento dos indígenas são registrados em cartório. Entre as ações tomadas para acabar com o sub-registro, além da cartilha, o governo tem buscado fazer mutirões e seminários sobre acessibilidade e abrir cartórios nas maternidades para evitar que a criança saia sem ser registrada. A cartilha vai começar a ser distribuída no início do mês de maio. Mais informações no site da Secretaria de Direitos Humanos www.sdh.gov.br

 

Reportagem, Érica Pierre

CERTIDÃO DE NASCIMENTO: Governo Federal lança cartilha sobre o Registro Civil de Nascimento de Povos - Érica Pierre
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ECONOMIA: Novo Índice de Progresso Social classifica o Brasil em 46º numa lista de 132 países 05/04/2014 

Tempo áudio: 3min16seg

 

LOC/REPÓRTER: O Índice de Progresso Social, o IPS, classificou o Brasil na posição de número 46 de uma lista de 132 países. Este indicador criado pela organização sem fins lucrativos, Social Progress Imperative, analisa aspectos de sustentabilidade, saneamento, saúde, acesso à educação, acesso à informação, segurança pessoal, tolerância e moradia. Segundo o site oficial da organização, os índices de acesso à educação, por exemplo, são examinados de acordo aspectos como a taxa de analfabetismo entre adultos e o número de crianças matriculadas na escola. Para o economista, Roberto Piscitelli, este novo valor mostra a importância que os aspectos sociais têm no desenvolvimento de um país.

 

TEC/SONORA: Economista – Roberto Piscitelli

"O que é importante a gente destacar nesse particular é o fato de que muitos estudiosos, muitos especialistas, vem buscando encontrar novos indicadores além do PIB tradicional, da renda per capita. Procurando captar dimensões muito mais amplas, muito mais completas, digamos assim, da condição de vida das pessoas. Ou seja, os indicadores tradicionalmente utilizados, divulgados, os indicadores que dão uma ênfase exclusiva ou predominante à renda propriamente dita. Mesmo o IDH, que hoje ele já se tornou mais conhecido, ele ainda é limitado, ele já considera alguns outros indicadores na área de educação e saúde, mas ainda é limitado em relação a outros que vem sendo elaborados e que começam a ser divulgados"

 

LOC/REPÓRTER: O diretor executivo da organização responsável pelo levantamento, Michael Green, afirma que este estudo mostra que o crescimento econômico não leva automaticamente ao progresso social. Segundo o economista, Roberto Piscitelli, o Brasil teve colocações decepcionantes em aspectos como segurança, em que ficou na posição de número 122, e acesso à educação superior, no lugar 76.  Para melhorar estes índices, ele acredita ser importante ter uma visão de planejamento a longo prazo.

 

TEC/SONORA: Economista – Roberto Piscitelli

"É preciso recuperar um pouco de planejamento, que é algo mais abrangente e que exige necessariamente uma visão de longo prazo. Isto é uma coisa que não tem estado muito presente. A longo prazo significa que nós temos que ter a humildade suficiente para reconhecer que aquilo que se pode fazer em um mandato é insuficiente, que as coisas têm que ter continuidade e que para que os projetos que são realmente importantes para o Brasil, sejam colocados em prática e acabados, e concluídos, que isso exige um grau maior de participação da sociedade, de adesão da sociedade"

 

LOC/REPÓRTER: Entre os países da America latina, o Brasil ficou bem colocado no levantamento do IPS, atrás apenas da Costa Rica, Uruguai, Chile, Panamá e Argentina. As informações oficiais sobre o estudo estão no site www.socialprogressimperative.org.

Reportagem, Érica Pierre

ECONOMIA: Novo Índice de Progresso Social classifica o Brasil em 46º numa lista de 132 países - Érica Pierrre
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SANEAMENTO BÁSICO: Governo anuncia R$ 2,8 bilhões de reais para obras em 635 municípios 06/05/2014 

Tempo áudio – 3min20seg

 

LOC/REPÓRTER: Mais de cinco milhões de brasileiros moradores de pequenos municípios vão ser beneficiados com obras de melhorias no saneamento básico. A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta terça-feira, o investimento de dois bilhões e oitocentos milhões de reais para contratação da terceira etapa das ações de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, para cidades com até 50 mil habitantes. Ao todo, foram selecionados pela Fundação Nacional da Saúde, Funasa, 635 municípios de 26 estados. No anúncio, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o investimento no saneamento é fundamental para a melhoria na qualidade de vida da população.

 

TEC/SONORA: Presidenta da República, Dilma Rousseff

"O saneamento tem num país como o nosso uma importância fundamental porque é um setor tradicionalmente no qual não se investiu muito ao longo das décadas passadas. E necessariamente esses investimentos que nós estamos falando aqui hoje, eles fazem parte de um esforço do governo brasileiro, dos governos de estado e das prefeituras no sentido de construir de fato um caminho para investir em saneamento. O investimento de saneamento é visível na mortalidade infantil, ele é visível no bem estar da população, ele é visível na qualidade de vida e ele é visível na civilidade do país."

 

LOC/REPÓRTER: O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou a importância da integração da Funasa no PAC 2 e dos investimentos feitos desde então, não apenas em obras, mas também para que os municípios pudessem elaborar projetos de abastecimento de água ou esgotamento sanitário.

 

TEC/SONORA: Ministro da Saúde, Arthur Chioro

"Porque uma coisa extremamente importante é que muitas vezes havia o recurso, mas não haviam projetos qualificados que pudessem ser apresentados e ser transformados em obras efetivas de melhoria das condições sanitárias. Mas, neste momento, nós temos a oportunidade de associar a intervenção concreta sobre medidas que tem um impacto diretamente proporcional no investimento de mais saúde, mais qualidade de vida. Cada centavo aplicado em saneamento se traduz em mais vida."

 

LOC/REPÓRTER: O município paulista de Orlândia foi uma das cidades selecionadas para receber obras de saneamento básico. De acordo com a prefeita Flávia Mendes Gomes, o investimento vai ser fundamental para resolver o problema de abastecimento de água do município.

 

TEC/SONORA: Prefeita da cidade de Orlândia, Flávia Mendes Gomes

"Nós recebemos um investimento no valor de seis milhões e meio e, para o nosso município, vem resolver o maior problema que o município enfrenta hoje no abastecimento de água. E esse investimento é de fundamental importância para a gente porque nós vamos conseguir com este investimento do Governo Federal trocar grande parte da rede antiga da cidade."

 

LOC/REPÓRTER: O governo atual já investiu seis bilhões e novecentos milhões de reais para construção de redes de água e esgoto em mais de três mil e trezentos municípios de até 50 mil habitantes. A meta do Plano Nacional de Saneamento Básico é alcançar 99 por cento de cobertura no abastecimento de água potável, 92 por cento no esgotamento sanitário e acabar com lixões a céu aberto em todo o país.

 

Reportagem, Érica Pierre

SANEAMENTO BÁSICO: Governo anuncia R$ 2,8 bilhões de reais para obras em 635 municípios - Érica Pierre
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ECONOMIA: Índice de Confiança do Empresário Industrial tem o menor número desde 2009 17/04/2014 

Tempo de áudio – 2min29seg

 

LOC/REPÓRTER: A confiança do empresário industrial brasileiro na economia do país é a mais baixa desde 2009. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, o ICEI, calculado pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, caiu em 3.3 pontos percentuais no mês de abril, ficando em 49,2. De acordo com o gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a pesquisa não dá explicações, apenas revela a interpretação dos empresários da atual situação da economia brasileira.

 

TEC/SONORA: Gerente executivo de política econômica do CNI – Flávio Castelo Branco

"A pesquisa não tem explicações, o que a gente tem é uma interpretação. Quer dizer, na verdade está refletindo ai, o ambiente de baixo crescimento da economia, principalmente da indústria, e algumas incertezas que pairam na economia. Como a questão da inflação, da competitividade, mas o índice é o índice, que nem termômetro."

 

LOC/REPÓRTER: Para o economista Júlio Maragaya, essa falta de confiança do empresário na economia não retrata a realidade. Segundo ele, fora do Brasil a avaliação da economia brasileira é completamente diferente da feita dentro do país já que a economia mundial passa por uma crise desde 2007 e o cenário brasileiro não está entre os piores. O economista cita a queda nas taxas de desemprego e o aumento na renda do brasileiro como indicadores fundamentais para o desempenho da economia. Entre os reflexos negativos dessa baixa confiança do empresário, o economista Júlio Maragaya cita a perda de oportunidades quando esses empresários deixam de investir por conta dessa interpretação errada do cenário econômico do país.

 

TEC/SONORA: Economista – Júlio Maragaya

"O que eles avaliam lá fora é que há uma crise internacional, uma crise econômica, que vem desde o final de 2007 e que na verdade ela se manifesta de distintas formas e ainda não foi efetivamente equacionada. Então eu acho que há um certo alarmismo em relação ao que se vive no Brasil, não é nada diferente em relação ao resto do mundo, pelo contrário, em alguns aspectos é até uma situação melhor. Numa economia aonde as famílias estão com a renda maior e onde o desemprego é menor, em qualquer lugar do mundo esse é um dado visto com total simpatia."

 

LOC/REPÓRTER: O ICEI é calculado através de um questionário enviado para 2.346 empresas brasileiras de todos os portes. Os empresários respondem a quatro perguntas sobre a atual condição da empresa, da economia brasileira, e sobre a expectativa para os próximos seis meses para a empresa e para a economia brasileira.

Reportagem, Érica Pierre

ECONOMIA: Índice de Confiança do Empresário Industrial tem o menor número desde 2009 - Érica Pìerre
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